terça-feira, 19 de maio de 2009

Ferrari vai à Justiça francesa hoje contra FIA

Mais um capítulo da polêmica do teto orçamentário opcional ganhará contornos nesta terça-feira, quando a Ferrari questionará a validade do regulamento de 2010 em um tribunal de Paris, na França. Três juízes decidirão o caso.

A Ferrari quer uma liminar contra as mudanças que a FIA fez na F-1 para o próximo ano, alegando que a entidade ignorou um veto técnico que a equipe tinha desde 1998.

Com isso, ainda não se sabe se haverá mesmo um teto de 40 milhões de libras em 2010 e as inscrições para o próximo campeonato encerram-se em 29 de maio.

A imprensa europeia diz que o resultado do julgamento não será conhecido até o fim desta semana. Mesmo se a Ferrari obtiver a liminar, a FIA já sinalizou intenção de apelar, ou seja, o assunto talvez só seja definido daqui a várias semanas.

A Ferrari faz parte de um grupo que disse não continuar na F-1 se as regras permanecerem como estão. Como a FIA não cedeu na reunião de sexta-feira, em Londres, Inglaterra, a equipe entrou na Justiça.

Max Mosley, presidente da entidade, não acredita em uma vitória da Ferrari nos tribunais, pois, segundo ele, o veto não foi exercido quando se teve a chance em 17 de março e, além disso, esse direito foi revogado quando houve a criação da Fota, a associação das equipes, já que a escuderia deixou de ser "leal" à FIA com isso.

Mosley reiterou não temer perder a Ferrari, embora reconheça sua grande importância para a F-1. Para justificar sua resposta, citou Ayrton Senna, a Lotus, a Brabham e a Maserati.

"Uma vez eu disse que ela era a mais importante equipe. Imediatamente interpretaram isso como sendo tratamento especial, o qual não damos a ela. Eles correm sob as mesmas regras de todos os outros."


"Mas, de um ponto de vista público, é a equipe mais importante e isso se reflete no fato de receber mais dinheiro em seu acordo com Bernie [Ecclestone]."


"Mas a ideia de que ela é indispensável é absurda. É um pouco como o pobre [Ayrton] Senna. Ele era o piloto mais importante em 1994, mas morreu tristemente e a F-1 continuou. A Lotus era muito importante, assim como a Brabham. Todo esse tipo de gente _a Maserati na década de 1950 também."

Membros da Fota farão nesta semana uma reunião em Mônaco para discutirem qual será a resposta à proposta do teto orçamentário opcional de 40 milhões de libras.

Fonte: Tazio

Nenhum comentário: